Ao final da sessão da tarde de ontem do mercado de credit default swaps (cds) sobre a dívida soberana, Portugal volta a estar no foco dos especuladores e re-entra para o TOP 10 mundial da probabilidade de default (incumprimento da dívida).
Com um risco já superior a 22%, segundo o monitor da CMA DataVision, o país volta a ingressar neste clube de onde tinha saído a 29 de junho, substituído, então, pela Roménia.
Lisboa foi hoje fazer companhia a Atenas e Dublin. As probabilidades de default da Grécia e da Irlanda continuavam a subir, também, com a primeira a aproximar-se dos 53% de risco e a segunda acima de 23%. A Grécia conserva o 2º lugar do TOP 10 mundial e a Irlanda subiu hoje, de novo, para a 8ª posição. As yields (remunerações) pagas aos tomadores de obrigações gregas estão agora acima de 11% quer nas maturidades a 5 como a 10 anos.
Também a Espanha e Itália viram as suas probabilidades de default em alta.
Efeito dos testes de stresse esboroou-se
Os ganhos de confiança havidos logo após a divulgação dos testes de stresse à banca europeia a 23 de julho estão, hoje, claramente liquidados. A tendência invertera-se a 5 de agosto no mercado dos cds. O grupo designado por PIIGS (acrónimo pejorativo para Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha) está de novo em crise no mercado da dívida soberana.
A acompanhar este regresso do ataque especulativo sobre as dívidas soberanas, as bolsas da zona euro afundaram-se no vermelho. Dublin foi a recordista hoje com um dramático crash de 5,78% e Atenas com uma quebra de mais de 3%. O Ibex 25 espanhol caiu 1,65% e o MIB italiano mais de 1,5%. Lisboa foi a que teve menor quebra no dia de hoje, abaixo de 1%.
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