O clube da região de Lisboa vai evitar a insolvência graças a um acordo com Luís Filipe Vieira que abrange a formação.
O Benfica vai ajudar o Odivelas a salvar-se da insolvência com a criação de um protocolo no âmbito da formação. O clube da zona metropolitana de Lisboa está numa situação complicada por o tribunal ter decretado a falência do emblema, com 70 anos de história, por dívidas a credores na ordem dos 200 mil euros.
Luís Filipe Vieira, presidente dos encarnados, e o seu homólogo odivelense, Humberto Fraga, estiveram reunidos na passada quinta-feira, na Câmara Municipal de Odivelas, com o objectivo de encontrar uma saída para a crise, tendo, ao que o DN apurou, ficado acertados os princípios de um acordo que vai tornar o clube num parceiro do Benfica ao nível da formação. Os encarnados vão adiantar verbas relativas aos direitos de formação dos jogadores Roderick Miranda e Rúben Pinto. O primeiro trocou o Odivelas pela Luz com apenas 9 anos, enquanto o outro transferiu-se para o Benfica aos 16 anos, em 2004.
O acordo, que deverá ser anunciado oficialmente nas próximas semanas, contempla ainda a troca de jogadores e técnicos no âmbito da formação, bem como a utilização das instalações do clube dos arredores de Lisboa por parte dos escalões mais jovens das águias. É que, segundo revelou fonte próxima do processo, o centro de estágio do Seixal e os Pupilos do Exército não têm capacidade para receber mais jovens jogadores, pelo que o Odivelas representa uma boa opção para o Benfica alargar o raio de acção no que à formação diz respeito.
O clube odivelense tem um mês para pagar os 200 mil euros aos credores e assim evitar o fecho de portas. Ao que o DN apurou, Luís Filipe Vieira ficou sensibilizado com o apelo de Humberto Fraga, um amigo de longa data, e disponibilizou-se de imediato para reabilitar uma parceria que existiu de 2002 a 2004, período durante o qual o Benfica utilizou as instalações do Odivelas para as suas equipas jovens e até a profissional se treinarem. Nessa altura, o novo Estádio da Luz estava em construção e o clube tinha de andar com a "casa às costas". Que o diga José Antonio Camacho, o treinador na altura, que foi obrigado a trabalhar nos relvados do clube dos arredores de Lisboa.
in DN
Nenhum comentário:
Postar um comentário